Creatina é um
composto criado naturalmente no organismo. Principais fontes são carnes
vermelhas, aves, frutos do mar e suplementação.
O consumo de
creatina ao final do treino de resistência pode otimizar a captação de creatina
no músculo esquelético.
Análise do
estudo:
Grupo estudado: 34 participantes (Homens e Mulheres)
convocados e somente 22 participantes finalizaram;
Idade: 19-35 anos;
Treino de resistência: 18 séries a cada treino.
Frequência de treino: 05 dias por semana.
Tempo do estudo: 06 semanas.
Critério de exclusão: uso de alguns medicamentos;
suplementação de creatina ≤4 semanas antes
do estudo; vegetarianos; doença renal ou hepática pré-existente.
Outras orientações: abstenção alimentar 1h antes e depois
do treino; Não consumir a creatina nos dias de descanso (pois o objetivos era
análise intra-treino).
Análise dietética: foi avaliado a ingestão alimentar de
dois dias da semana e um dia do final de semana durante a primeira e última
semana. Obs: não foi avaliado o consumo alimentar habitual.
Protocolo de suplementação: a dose da creatina foi de 0,1g X kg de
peso, em 900ml de água. Onde era ofertado 50ml no término de cada série. Não
havia o consumo nos dias de descanso.
O grupo
suplementado teve aumento considerável na força muscular da perna, peito e
total, enquanto o grupo placebo não obteve alterações consideráveis.
O
grupo suplementado obteve maiores repetições em exercícios para pernas e peito.
Embora ao longo do tempo, ambos os grupos tenham obtido maiores números de
repetições totais, o grupo suplementado obteve maior resultado.
Ocorreu
um aumento de fosfocreatina intramuscular, que pode ter otimizado a ressíntese
de ATP e/ou recuperação de fosfocreatina depois de cada série.
Maior
força no exercício para peito em homens pode ser devido aos valores iniciais de
fosfocreatina e catabolismo muscular. Parece que mulheres possuem maiores valores
iniciais de creatina em repouso. É necessário mais estudos para avaliar essa
condição.
O
grupo suplementado não teve maiores ganhos muscular, quando comparados ao grupo
placebo. Pode ser devido ao pouco tempo de estudo (para avaliar ganhos
musculares costumam ser ≥10 semanas), forma de consumo da creatina, redução das
calorias totais e grupo de estudo reduzido.
Conclusão: a suplementação durante treino de resistência muscular é
segura e eficaz no aumento de força e resistência em fisicamente ativos. Mas
não se pode afirmar que é melhor de que quando consumida em outros horários.
Referência
MILLS, S. et
al. Effects of Creatine
Supplementation during Resistance Training Sessions in Physically Active Young
Adults. Nutrients, 2020. 12 (6)
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