São distúrbios dos valores de lipídios do sangue.
Menores valores de HDL-c e hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia
(hiperlipidemia) são fatores de risco para doença aterosclerótica, sobre tudo,
a doença arterial coronariana (veias coronárias ajudam no transporte de sangue
do coração).
Condutas para
hipercolesterolemia
- É preciso diminuir os valores séricos de LDL-c
(vinculado ao risco de doença arterial coronariana).
- Atingir o peso corporal desejável (quando
necessário).
- Gorduras totais representando cerca de 20-35% do Valor
Energético Total (sendo até 20% do VET de monoinsaturadas, com poli-insaturada
no máximo de 10% e valores inferiores a 7% de calorias totais provenientes de
gorduras saturadas e trans). Consumo de
colesterol diário não deve sobrepor 200mg por dia.
- Considerar a utilização de fitoesteróis (forma
estrutural parecido com o colesterol, mas é oriundo de plantas) para atenuar os
valores de LDL-c.
Fontes alimentares de ácido graxo:
- Ácido graxo saturado: presentes em gorduras
animais, leite, azeite de dendê e óleo de coco.
- Ácido graxo poli-insaturado: sendo fontes de ômega
6 (considerado pró-inflamatório) óleo de girassol, milho e soja. E fontes de
ômega 3 (considerado anti-inflamatório) linhaça, algas marinhas, peixes de
águas frias e profundas, como arenque, cavala, salmão e sardinha (considerar a
diferença entre os peixes selvagens e peixes de cativeiro). A proporção de
ômega 6 para ômega 3 devem estar ajustadas (dietas ocidentais possuem extrema
desproporção).
- Ácido graxo monoinsaturado: azeite de oliva, óleo
de canola, amêndoas, castanhas, nozes (oleaginosas), abacate, azeitona
(considerados ômega 9).
Observação: os ácidos graxos trans prejudicam a metabolização (transformação de uma substância a outras) dos ácidos graxos essenciais e contêm funções químicas e metabólicas como os presentes nos ácidos graxos saturados. Elevam o LDL-c e diminuem o HDL-c. São fontes: margarinas, cremes para sobremesa, chocolates, maionese, pães recheados, óleos para fritura em indústrias (gorduras industriais).
Condutas
para hipertrigliceridemia |
- Atentar-se ao consumo
excessivo de carboidratos (principalmente refinados). |
- Limitar o consumo alcoólico. |
- Avaliar com consumo calórico
provenientes de alimentos fontes de carboidratos (sobretudo refinado). |
Observação: em casos de
diabetes, resistência a insulina e grave hipertrigliceridemia, suspender o
consumo de carboidratos de rápida absorção (refinados). |
Algumas
observações complementares |
Fibras: recomenda-se um consumo
de cerca de 20-30g/dia para pessoas adultas, sendo 25% fibras solúveis como,
goma (aveia e cevada), leguminosas, pectina (frutas). |
Flavonóides: inibe o processo
oxidativo da LDL-c (processo oxidativo possui importante função na
aterosclerose). Encontrado em cereja, amora, morango, uva jabuticaba, grãos,
batata, berinjela, cebola, nabo, couve, vinho tinto, suco de uva, chá verde,
entre outros. |
Referência:
Fitoesteróis e redução do colesterol.
Nutrição em pauta. Saúde pública 03 de setembro de 2019. Disponível em:
<
https://www.nutricaoempauta.com.br/layout_impressao.php?cod=1068>.
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