quarta-feira, 20 de maio de 2020

Obesidade


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É a alteração metabólica mais antiga relatada, encontrando-se relatos dos casos em múmias do Egito e monumentos gregos.

É um estado de tecido adiposo em maior quantidade, em proporção à massa corporal magra normal. Sendo considerado um problema de saúde pública. De acordo com a OMS pode ser causado pela relação de condições ambientais (destacando aqui a alimentação), em pessoas que possuem uma tendência genética para o acúmulo de gordura corporal.

 Para quantificar o peso de uma pessoa em relação sua altura, é utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC), que consiste na equação IMC= Peso (Kg) ÷ Altura² (metros)  .Esta estratégia é apenas uma estimativa utilizada para estipular a massa corporal de uma pessoa, de acordo com seu grau de adequação. 

Tabela de classificação do IMC em adultos:

Classificação

IMC (kg/m²)

Adequação

18,5 – 24,9

Sobrepeso

25,0 – 29,9

Obesidade Grau I

30,0 – 34,9

Obesidade Grau II

35,0 – 39,9

Obesidade Grau III

≥ 40,0

Fonte: Nutrição clínica, 2014.

Este método não deve ser avaliado de forma isolada, pois não considera situações como a distribuição de gordura corporal e composição corporal de acordo com a idade. Há outros procedimentos que podem ser utilizados, como espessura das pregas cutâneas, bioimpedância, tomografia computadorizada, entre outros.

Juntamente com os valores de IMC, os valores de circunferência de cintura são utilizados para indicar possíveis alterações metabólicas.

Valor de circunferência de cintura:

 

Homens

Risco aumentado

Risco muito aumentado

≥ 94 cm

≥ 102 cm

Mulheres

≥ 80 cm

≥ 88 cm

Fonte: Nutrição clínica, 2014.

As mulheres pré-menopausa possuem uma tendência ao acumular gordura na região inferior (modelo ginoide), como quadril, nádegas e coxas.  Já as mulheres pós-menopausa e os homens possuem uma tendência para armazenar a gordura na região superior, principalmente na região abdominal (modelo androide).  

O acúmulo de gordura na região abdominal (gordura visceral) está associado a um maior risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT’s), como hipertensão arterial, diabetes tipo II, doenças cardiovasculares, entre outras.

De acordo com Lopes et al (2004), alguns estudos demonstraram que há uma tendência ou sensibilidade genética em diversos países, para o predomínio da obesidade, onde estão relacionados o estilo de vida. Supõe-se que tal tendência pode ser devido ao fato adaptativo dos ancestrais passarem dias em restrição alimentar, desenvolvendo uma forma de sobrevivência e adaptação.

O predomínio da obesidade na população mundial normalmente está interligado aos hábitos como consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras e açúcares (como os lanches rápidos, preparações fritas, alimentos refinados) e atividade física insuficiente.

Existe o tecido adiposo branco e o tecido adiposo marrom. Será falado sobre o tecido adiposo branco. Do qual foi descoberta sua capacidade de produzir elementos importantes, de sua função endócrina. Fortalecendo evidências de um órgão responsável com diversas funções metabólicas e fisiológicas. Não servindo apenas para reservar energia, garantir um equilíbrio na temperatura do corpo e protege-lo.

Pacientes obesos apresentam elevada quantidade de substâncias relacionadas à inflamação. Algumas destas substâncias podem estimular o surgimento de células tumorais, causando morte celular (como o Fator de Necrose Tumoral a ou TNF-a).

Nos últimos anos, a população vem apresentando um estilo de vida conectado às DCNT’s, desenvolvidas por fatores que comprometem sua saúde.

 

Referencia:

LOPES, I.M.; MARTI, A.; MORENO-ALIAGA, M.J.; MARTÍNEZ, A. Aspectos genéticos da obesidade. 2004.

MAHAN, K.; ESCOTT-STUMP, S.; RAYMOND, J. Alimentação nutrição e dietoterapia. 13ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

PRADO, W.L.; LOFRANO, M.C.; OYAMA, L.M.; DÂMASO, A.R. Obesidade e Adipocinas Inflamatórias: ImplicaçõesPráticas para a Prescrição de Exercício. 2009.

VANUNUCCHI, H.; MARCHINI, J.S. Nutrição clínica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

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