É
a alteração metabólica mais antiga relatada, encontrando-se relatos dos casos
em múmias do Egito e monumentos gregos.
É
um estado de tecido adiposo em maior quantidade, em proporção à massa corporal
magra normal. Sendo considerado um problema de saúde pública. De acordo com a
OMS pode ser causado pela relação de condições ambientais (destacando aqui a
alimentação), em pessoas que possuem uma tendência genética para o acúmulo de
gordura corporal.
Para quantificar o peso de uma pessoa em relação sua altura, é utilizado o Índice de Massa Corporal (IMC), que consiste na equação IMC= Peso (Kg) ÷ Altura² (metros) .Esta estratégia é apenas uma estimativa utilizada para estipular a massa corporal de uma pessoa, de acordo com seu grau de adequação.
Tabela de classificação
do IMC em adultos:
Classificação |
IMC (kg/m²) |
Adequação |
18,5 – 24,9 |
Sobrepeso |
25,0 – 29,9 |
Obesidade Grau I |
30,0 – 34,9 |
Obesidade Grau II |
35,0 – 39,9 |
Obesidade Grau III |
≥ 40,0 |
Fonte:
Nutrição clínica, 2014.
Este
método não deve ser avaliado de forma isolada, pois não considera situações
como a distribuição de gordura corporal e composição corporal de acordo com a
idade. Há outros procedimentos que podem ser utilizados, como espessura das
pregas cutâneas, bioimpedância, tomografia computadorizada, entre outros.
Juntamente
com os valores de IMC, os valores de circunferência de cintura são utilizados
para indicar possíveis alterações metabólicas.
Valor de circunferência
de cintura:
Homens |
Risco
aumentado |
Risco muito
aumentado |
≥ 94 cm |
≥ 102 cm |
|
Mulheres |
≥ 80 cm |
≥ 88 cm |
Fonte:
Nutrição clínica, 2014.
As
mulheres pré-menopausa possuem uma tendência ao acumular gordura na região
inferior (modelo ginoide), como quadril, nádegas e coxas. Já as mulheres pós-menopausa e os homens
possuem uma tendência para armazenar a gordura na região superior,
principalmente na região abdominal (modelo androide).
O
acúmulo de gordura na região abdominal (gordura visceral) está associado a um
maior risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT’s), como hipertensão
arterial, diabetes tipo II, doenças cardiovasculares, entre outras.
De
acordo com Lopes et al (2004), alguns estudos demonstraram que há uma tendência
ou sensibilidade genética em diversos países, para o predomínio da obesidade,
onde estão relacionados o estilo de vida. Supõe-se que tal tendência pode ser
devido ao fato adaptativo dos ancestrais passarem dias em restrição alimentar,
desenvolvendo uma forma de sobrevivência e adaptação.
O predomínio da obesidade na população
mundial normalmente está interligado aos hábitos como consumo excessivo de
alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras e açúcares (como os lanches
rápidos, preparações fritas, alimentos refinados) e atividade física
insuficiente.
Existe o tecido adiposo branco e o tecido
adiposo marrom. Será falado sobre o tecido adiposo branco. Do qual foi
descoberta sua capacidade de produzir elementos importantes, de sua função
endócrina. Fortalecendo evidências de um órgão responsável com diversas funções
metabólicas e fisiológicas. Não servindo apenas para reservar energia, garantir
um equilíbrio na temperatura do corpo e protege-lo.
Pacientes
obesos apresentam elevada quantidade de substâncias relacionadas à inflamação.
Algumas destas substâncias podem estimular o surgimento de células tumorais,
causando morte celular (como o Fator de Necrose Tumoral a ou TNF-a).
Nos
últimos anos, a população vem apresentando um estilo de vida conectado às
DCNT’s, desenvolvidas por fatores que comprometem sua saúde.
Referencia:
LOPES, I.M.; MARTI, A.; MORENO-ALIAGA, M.J.;
MARTÍNEZ, A. Aspectos genéticos da obesidade. 2004.
MAHAN, K.; ESCOTT-STUMP, S.;
RAYMOND, J. Alimentação nutrição e dietoterapia. 13ª ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2012.
PRADO, W.L.;
LOFRANO, M.C.; OYAMA, L.M.; DÂMASO, A.R. Obesidade e Adipocinas Inflamatórias:
ImplicaçõesPráticas para a Prescrição de Exercício. 2009.
Nenhum comentário:
Postar um comentário