quarta-feira, 1 de abril de 2020

Sarcopenia em idosos


Algumas modificações como anatômicas, funcionais, metabólicas e psicológicas, podem comprometer a alimentação e o organismo de forma integral. Estas são causas vinculadas ao processo de envelhecimento.
De acordo com Borrego et al. (2012), a população idosa vêm cada vez mais se distanciando de seu estado de eutrofia. Resultado de seu estilo de vida e sendo potencializado por situações patológicas, socioeconômicas, natural processo de envelhecimento e avanços de incapacidade de realizações de atividades diárias.
Contudo, é nessa época que surge com maior frequência, as chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s). Sendo a sarcopenia uma delas.
A sarcopenia é a redução do musculo esquelético (balanço nitrogenado negativo: quando a degradação é maior que sua síntese), de sua eficiência e como resultado, a sua força. Podendo ocorrer a partir da terceira década de vida, de forma progressiva (cerca de 1% por ano), sendo que se estima uma redução de 8% por década (entre a quarta década de vida, até a sétima década de vida), podendo chegar a uma perda de cerca de 50% na oitava década de vida, se comparado a um adulto jovem.
Entre a quarta e sétima década de vida pode ocorrer uma alteração da alimentação habitual, podendo ocorrer uma inadequação de alguns nutrientes, tais como proteína, vitamina D, carotenoide, selênio, vitamina E e vitamina C, causando um agravamento da sarcopenia.
A sarcopenia pode agravar a incidência da queda de idosos, causando ferimentos, traumas, fraturas, inatividade, internações e morte.
A maneira mais recomendada para atenuar e tratar a sarcopenia, é por meio do exercício físico e uma adequada ingestão nutricional.
É sabido que o consumo proteico adequado por idosos, contribui diretamente no retardo inevitável da sarcopenia e suas consequências. 
A ingestão proteica recomendada é de cerca de 1,0 a 1,2 g para cada kg de peso corporal por dia. O consumo para idosos saudáveis pode representar de 17 a 21% (deve haver uma prioridade para proteínas de alto valor biológico) do valor energético total (VET) e em momentos de hipercatabolismo, as recomendações podem chegar a 1,5 g para cada kg de peso corporal por dia (sendo menores em alterações hepáticas e renais).
Contudo, deve haver uma atenção para o consumo proteico, de forma a garantir a manutenção da massa muscular, retardando e minimizando o processo de sarcopenia em idosos. Deve-se ainda respeitar a individualidade de cada pessoa.

Referência:
VAZ, T.L; TAGLIAPIETRA, B.L; SCHUCH, N.L.; BLASI, T.C.; MARGUTTI, K.M.M. CONSUMO DE PROTEÍNAS E SUA RELAÇÃO COM A SARCOPENIA EM IDOSOS. 2016.
BORREGO, C.C.H.; LOPES, H.C.B.; SOARES, M.R.; BARROS, V.D. CAUSAS DA Má NUTRIÇÃO, SARCOPENIA E FRAGILIDADE EM IDOSOS. 2012.
VALENTIM, E.L.; CARRAPEIRO, M.M; GURGEL, D.C. Correlação entre consumo alimentar e prevalência de sarcopenia em idosos de duas cidades do Ceará. 2016.
VAZ, T.L; TAGLIAPIETRA, B.L; SCHUCH, N.L.; BLASI, T.C.; MARGUTTI, K.M.M. CONSUMO DE PROTEÍNAS E SUA RELAÇÃO COM A SARCOPENIA EM IDOSOS. 2016.


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