Algumas modificações como anatômicas, funcionais, metabólicas e psicológicas, podem comprometer a alimentação e o organismo de forma integral. Estas são causas vinculadas ao processo de envelhecimento.
De acordo com Borrego et al. (2012), a população idosa vêm cada vez mais se distanciando
de seu estado de eutrofia. Resultado de seu estilo de vida e sendo
potencializado por situações patológicas, socioeconômicas, natural processo de
envelhecimento e avanços de incapacidade de realizações de atividades diárias.
Contudo, é nessa época que surge com maior
frequência, as chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s). Sendo a
sarcopenia uma delas.
A sarcopenia é a redução do musculo esquelético (balanço nitrogenado negativo: quando a degradação é
maior que sua síntese), de sua eficiência e como resultado, a sua
força. Podendo ocorrer a partir da terceira década de vida, de forma
progressiva (cerca de 1% por ano), sendo que se estima uma redução de 8% por
década (entre a quarta década de vida, até a sétima década de vida), podendo
chegar a uma perda de cerca de 50% na oitava década de vida, se comparado a um
adulto jovem.
Entre a quarta e sétima década de vida pode ocorrer
uma alteração da alimentação habitual, podendo ocorrer uma inadequação de alguns
nutrientes, tais como proteína, vitamina D, carotenoide, selênio, vitamina E e
vitamina C, causando um agravamento da sarcopenia.
A sarcopenia pode agravar a incidência da queda de
idosos, causando ferimentos, traumas, fraturas, inatividade, internações e
morte.
A maneira mais recomendada para atenuar e tratar a
sarcopenia, é por meio do exercício físico e uma adequada ingestão nutricional.
É sabido que o consumo proteico
adequado por idosos, contribui diretamente no retardo inevitável da sarcopenia
e suas consequências.
A ingestão proteica recomendada
é de cerca de 1,0 a 1,2 g para cada kg de peso corporal por dia. O consumo para
idosos saudáveis pode representar de 17 a 21% (deve haver uma prioridade para
proteínas de alto valor biológico) do valor energético total (VET) e em
momentos de hipercatabolismo, as recomendações podem chegar a 1,5 g para cada
kg de peso corporal por dia (sendo menores em alterações hepáticas e renais).
Contudo, deve haver uma atenção para o consumo
proteico, de forma a garantir a manutenção da massa muscular, retardando e
minimizando o processo de sarcopenia em idosos. Deve-se ainda respeitar a
individualidade de cada pessoa.
Referência:
VAZ, T.L; TAGLIAPIETRA, B.L; SCHUCH, N.L.; BLASI,
T.C.; MARGUTTI, K.M.M. CONSUMO DE PROTEÍNAS E SUA RELAÇÃO COM A SARCOPENIA EM
IDOSOS. 2016.
BORREGO,
C.C.H.; LOPES, H.C.B.; SOARES, M.R.; BARROS, V.D. CAUSAS DA Má NUTRIÇÃO,
SARCOPENIA E FRAGILIDADE EM IDOSOS. 2012.
VALENTIM, E.L.; CARRAPEIRO, M.M; GURGEL, D.C. Correlação
entre consumo alimentar e prevalência de sarcopenia em idosos de duas cidades
do Ceará. 2016.
VAZ, T.L; TAGLIAPIETRA, B.L; SCHUCH, N.L.; BLASI,
T.C.; MARGUTTI, K.M.M. CONSUMO DE PROTEÍNAS E SUA RELAÇÃO COM A SARCOPENIA EM
IDOSOS. 2016.
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